sexta-feira, 22 de junho de 2012

O sutil e a vida alheia




Sutilmente. “E quando eu estiver triste, simplesmente, me abrace. E quando eu estiver louco, subitamente, se afaste. E quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce”.
 Esse é o grande problema do ser humano, já conclui: Falta de sutileza. Sei que como humanos e falhos, sempre temos aquela pulguinha atrás da orelha que nos faz ficar incomodados com a vida alheia... Mas Deus já foi tão bom para conosco nos dando a nossa própria vida para cuidarmos e nos importarmos, e pagarmos contas, e encontrarmos defeitos, e elogiarmos qualidades... Tem tanta coisa pra se fazer na minha própria vida e eu me pergunto: Porque, porventura, eu vou me importar com a vida de outro cidadão?
A palavra-chave para nossa discussão é: Curiosidade. “Agostinho escreveu que entre as tentações, uma das mais perigosas era a "doença da curiosidade"¹. “A curiosidade funciona com uma mola propulsora. Queremos saber, queremos saber de onde, como, por onde, por que meios, indagamos. [...]”².
Uma pontinha de curiosidade não deve fazer mal a ninguém, afinal, todos estamos aptos a ter essa condição, visto que ela é uma “capacidade natural e inata”³, mas o velho ditado popular condena: Tudo demais é veneno.
Não gosto de julgar as coisas, mas julgo-as pelo que já vivi e pelo que vi, ouvi... O ato de contentar-se é uma arte! Não mata, não engorda e não faz mal, literalmente, contentar-se é uma das poucas coisas na vida que são quase 100% benéficas.
Ser sutil, não é, necessariamente, apenas o que está lá no dicionário, toda a questão de ser fino, delgado, feito com arte e delicadeza etc. Ser sutil vai muito além da base da elegância e da educação que um ser humano pode ter. A sutileza e o contentamento andam de mãozinhas dadas feito um casal de namorados em pleno 12 de junho. O incômodo com a vida alheia e a curiosidade em excesso em casos que não nos convém são apenas um dos milhares de exemplos que devemos aplicar o nosso lado sutil.
Sabe, é tão simples deixar que as outras pessoas ajam e vivam como elas bem entenderem. Sempre prego muito a questão do respeito ao próximo. Nossa, é tão simples respeitar a opinião do outro, mesmo que não concordemos com ela, mesmo que venhamos questioná-la, mas, tenhamos sempre a sutileza de respeitar.
Em qualquer situação em nossas vidas, há coisas que valem muito mais do que uma lição de moral, do que mil palavras e conselhos. Brother, tem coisas que só os atos sutis expressam. Portanto, quando eu estiver triste, você simplesmente abraça. Quando a loucura dominar os pensamentos, subitamente se afaste, de repente. E quando abobalhado encontrarem-se as feições e as ideias, sutilmente disfarce. Elegância e educação é coisa que parece que tá impregnado no sangue... Algumas pessoas têm e outras, simplesmente, não tem... Ou não querem ter... Ah, impregna (mais) em mim, por favor!

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